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Astronomia – Constelações

Hoje no “My School” nós vamos falar sobre Constelações!!!

Definição: É um grupo de estrelas que aparecem próximas umas das outras no céu que quando são ligadas formam uma imagem de um animal, objeto ou seres fictícios. Em Gramática, é o coletivo de estrelas (qualquer conjunto de estrelas pode ser chamado de constelação). Mas para a Astronomia, constelação é uma região do céu. Nesse conceito astronômico, pertencem a uma constelação não somente estrelas, mas qualquer objeto celeste que, visto a partir da Terra, esteja contido na mesma região, mesmo sem qualquer ligação astrofísica com outro objeto ou estrela da constelação.

Por que foram criadas as constelações? As constelações nos ajudam a separar o céu em porções menores, facilitando o reconhecimento do mesmo. Por exemplo, quando é dito que o planeta Júpiter está numa determinada constelação, saberemos para onde olhar para ver o planeta. Além disso, há indícios de que as  constelações surgiram na antiguidade para ajudar a identificar as estações do ano. Por exemplo, a constelação do Escorpião é típica do inverno do hemisfério sul, já que em junho ela é visível a noite toda. Já Órion é visível a noite toda em dezembro, e portanto típica do verão do hemisfério sul. Alguns historiadores suspeitam que muitos dos mitos associados às constelações foram inventados para ajudar os agricultores a lembrarem quando deveriam plantar e colher.

História Ao olharmos para o céu cheio de estrelas podemos imaginar figuras, e isso foi sendo feito ao longo do tempo por várias culturas. Cada cultura foi imaginando e criando constelações próprias, diferentes das constelações das outras culturas. Apenas no século XX é que se decidiu criar uma lista oficial de constelações. Em 1922, a União Astronômica Internacional decidiu estabelecer 88 constelações que passaram a cobrir a totalidade do céu, e ainda hoje essa lista é utilizada internacionalmente.                                                                                                  Mas foi longo o caminho que conduziu até a atual lista oficial. Podemos falar da contribuição de Cláudio Ptolomeu (83–161 d.C. aproximadamente), ao incluir 48 constelações na sua grande obra, Sintaxe, mais conhecida por Almagesto. Este astrónomo não inventou nenhuma destas constelações, mas ao incluí-las na sua obra deu uma grande contribuição para a sua divulgação. Seguem-se os nomes latinos dessas 48 constelações e entre parêntesis o nome em português: Andromeda (Andrómeda), Aquarius (Aquário), Aquila (Águia), Ara (Altar), Argo Navis (Navio), Áries (Carneiro), Auriga (Cocheiro), Botes (Boieiro), Câncer (Carangueijo), Canis Major (Cão Maior), Canis Minor (Cão Menor), Capricornus (Capricórnio), Cassiopeia (Cassiopeia), Centaurus (Centauro), Cepheus (Cefeu), Cetus (Baleia), Corona Australis (Coroa Austral), Corona Borealis (Coroa Boreal), Corvus (Corvo), Crater (Taça), Cygnus (Cisne), Delphinus (Delfim (Golfinho)), Draco (Dragão), Equuleus (Potro), Eridanus (Erídano), Gemini (Gémeos), Hercules (Hércules), Hydra (Hidra), Leo (Leão), Lepus (Lebre), Libra (Balança), Lupus (Lobo), Lyra (Lira), Ophiuchus (Ofiúco), Orion (Orionte), Pegasus (Pégaso), Perseus (Perseu), Pisces (Peixes), Piscis Austrinus (Peixe Austral), Sagitta (Seta), Sagitarius (Sagitário), Scorpius (Escorpião), Serpens (Serpente), Taurus (Touro), Triangulum (Triângulo), Ursa Major (Ursa Maior), Ursa Minor (Ursa Menor) e Virgo (Virgem). Por volta de 1551, o cartógrafo holandês Gerardus Mercator (1512-1594) introduziu a constelação de Coma Berenices (Cabeleira de Berenice). Esta constelação passou a ser muito mais conhecida depois de ter aparecido no catálogo de estrelas do astrónomo dinamarquês Tycho Brahe, em 1602.                                                                                                         Entre 1596 e 1603, mais 12 constelações foram introduzidas por dois navegadores holandeses, Pieter Dirkszoon Keyser e Frederick de Houtman. Estas constelações só se tornaram célebres depois de aparecerem no atlas de estrelas Uranometria do astrónomo e advogado alemão Johann Bayer, em 1603. Os nomes destas constelações são: Apus (Ave do Paraíso), Chamaeleon (Camaleão), Dorado (Dourado), Grus (Grou), Hydrus (Hidra Macho), Indus (Índio), Musca (Mosca), Pavo (Pavão), Phoenix (Fénix), Triangulum Australe (Triângulo Austral), Tucana (Tucano) e Volans (Peixe Voador). O teólogo e cartógrafo holandês Petrus Plancius (1552-1622) introduziu 3 constelações: Camelopardalis (Girafa), Columba (Pomba) e Monoceros (Unicórnio).                                                                                               Não se conhece quem introduziu a constelação Crux (Cruzeiro do Sul), porém a primeira referência a esta constelação surge num documento escrito pelo físico Mestre João, da comitiva de Pedro Álvares Cabral, para D. Manuel I, rei de Portugal, em Abril de 1500.                                      O astrônomo polaco Johannes Hevelius (1611-1687), introduziu 7 constelações: Canes Venaciti (Cães de Caça), Lacerta (Lagarto), Leo Minor (Leão Menor), Lynx (Lince), Scutum (Escudo), Sextans (Sextante) e Vulpecula (Raposa).Em 1754, o astrônomo francês Nicolas Louis de Lacaille, introduziu 14 constelações: Antlia (Máquina Pneumática), Caelum (Cinzel (ou Buril)), Circinus (Compasso), Fornax (Fornalha), Horologium (Relógio), Mensa (Mesa), Microscopium (Microscópio), Norma (Régua), Octans (Octante), Pictor (Pintor), Pyxis (Bússola), Reticulum (Retículo), Sculptor (Escultor) e Telescopium (Telescópio).      Para além destas 14 constelações, este astrônomo dividiu a antiga constelação Argo Navis (Navio) em 3 outras constelações: Carina (Quilha), Puppis (Popa) e Vela (Vela), acrescentando ainda a já mencionada Pyxis (Bússola).                                                                          Durante alguns séculos, principalmente nos séculos XVII e XVIII, os mapas do céu eram desenhados com figuras muito trabalhadas e pormenorizadas. Estas preocupações estéticas muitas vezes impediam uma clara leitura dos mapas dificultando a identificação das constelações no céu.                                                                                                Em 1851 apareceu um mapa do céu feito pelo astrônomo e cosmógrafo francês Charles Dien (1809-1870), onde as estrelas mais brilhantes de cada constelação estavam ligadas por traços, substituindo as figuras e tornando a leitura do mapa mais clara. Essa forma de apresentar as constelações subsiste até hoje, ainda que os mapas atuais possam ter traços ligando de forma diferente as estrelas que compõem as constelações. Não existe uma uniformização nesse aspecto e até existem muitos mapas que prescindem totalmente desses traços.

As constelações podem ser divididas da seguinte maneira nos hemisférios:

  • Boreais: Leo Minor, Lacerta, Ursa Major, Perseus, Lynx, Lyra, Hércules, Triangulum, Corona Borealis, Cassiopeia, Andromeda, Auriga, Canes Venatici e Cygnus.
  • Austrais: Circinus, Centaurus, Phoenix, Pavo, Norma, Columba, Microscopium, Corona Australis, Lupus, Crux, Dorado, Musca, Indus, Horologium, Fornax, Pictor, Carina, Piscis Austrinus, Antlia,Volans, Vela, Ara, Tucana, Triangulum Australe, Caelum, Grus, Puppis, Pyxis, Reticulum, Sculptor e Telescopium.
  • Zodiacais: Pisces, Aries, Virgo, Aquarius, Taurus, Scorpius, Ophiuchus, Sagittarius, Capricornus, Leo, Cancer, Gemini e Libra
  • Circumpolares Norte: Draco, Cepheus, Camelopardalis e Ursa Minor
  • Circumpolares sul: Octans, Chamaeleon, Mensa, Apus e Hydrus
  • Equatoriais: Vulpecula, Boötes, Canis Minor, Canis Major, Sextans, Serpens, Scutum, Aquila, Sagitta, Monoceros, Eridanus, Delphinus, Crater, Equuleus, Corvus, Coma Berenices, Hydra, Orion,Pegasus, Cetus e Lepus.

O Zodíaco O Sol em seu movimento aparente anual ao redor da Terra atravessa 13 constelações zodiacais: Peixes, Áries, Touro, Gêmeos, Câncer, Leão, Virgem, Libra, Escorpião, Ophiuchus, Sagitário, Capricórnio e Aquário.

A tabela a seguir representa a passagem do Sol na órbita da eclíptica, atravessando as constelações zodiacais.

01 Capricórnio

De 20 de jan a 16 de fev

28 dias

02 Aquário

De 17 de fev a 11 de mar

23 dias

03 Peixes

De 12 de mar a 18 de abr

38 dias

04 Áries

De 19 de abr a 13 de mai

25 dias

05 Touro

De 14 de mai a 21 de jun

39 dias

06 Gêmeos

De 22 de jun a 20 de jul

29 dias

07 Câncer

De 21 de jul a 10 de ago

21 dias

08 Leão

De 11 de ago a 16 de set

37 dias

09 Virgem

De 17 de set a 30 de out

44 dias

10 Libra

De 31 de out a 22 de nov

23 dias

11 Escorpião

De 23 de nov a 29 de nov

7 dias

12 Ophiuchus (serpentário)

De 30 de nov a 17 de dez

18 dias

13 Sagitário

De 18 de dez a 19 de jan

33 dias

Obs.:  A constelação do Serpentário já existia a muito tempo, a União Astronômica Internacional já havia definido os limites dessa constelação desde 1922, o que acontece é que por algum motivo ela não era considerada uma constelação zodiacal mesmo sendo atravessada pela eclíptica.

ARTIGO:

A POLÊMICA DO 13º  SIGNO DO ZODÍACO

Nos últimos tempos, temos visto alguma polêmica e alguns mal-entendidos no que diz respeito aos signos do zodíaco e às constelações que o mesmo contém. Na verdade, não devemos fazer confusão entre signo e constelação zodiacal. Os signos, em número de doze, correspondem cada um à divisão de 30 graus do círculo zodiacal ( 360 /12 = 30), os quais recebem o nome da constelação mais significativa daquela região do céu conforme os povos antigos que criaram tal concepção de organização estelar, e que a Astrologia adotou e ajudou a popularizar.

As constelações sempre tiveram, desde a época das civilizações mais antigas, a importante função de dar uma organização ao céu, facilitando sua leitura e ajudando na identificação dos astros. Sempre representaram uma verdadeira cartografia do céu. Acontece, contudo, que até o início deste século, a delimitação das constelações não respeitava um critério padrão, existindo cartas celestes com limites irregulares, além de arbitrários e ainda com algumas linhas curvas. Havia também mapas e globos celestes com configurações artisticamente elaboradas, sem a precisão do rigor científico, como ainda constelações que eram identificadas por linhas arbitrárias que interligavam suas estrelas.

Foi a partir de 1922, quando da criação da União Astronômica Internacional (UAI), que o conceito de constelação começou a mudar e surgiu Ofiúco (Ophiucus) como uma 13a constelação zodiacal. Durante a assembléia geral da UAI em 1925, em Cambridge, foi criado um grupo de trabalho para estudar a questão das delimitações das constelações, surgindo daí a proposta de criação de regiões na esfera celeste, tal como um país dividido em estados. Assim, a esfera celeste foi dividida em 88 regiões, também chamadas constelações, com tamanhos variados e delimitações bem definidas e retilíneas. Cada região recebeu o nome da principal constelação nela predominante e todas aquelas cortadas pela linha da eclíptica (linha que no céu, vista da Terra, representa o caminho percorrido pelo Sol durante o ano) passaram a ser consideradas zodiacais.

Convém explicar que o zodíaco é um círculo ou faixa de 17 graus no céu, que abrange toda a esfera celeste e que tem no centro a linha da eclíptica. Foi desta forma, então, que o zodíaco acabou por ser premiado com 13 regiões ou constelações, que são: Áries, Touro, Gêmeos, Câncer, Leão, Virgem, Libra, Escorpião, Ofiúco, Sagitário, Capricórnio, Aquário e Peixes. Convém salientar novamente que para ser considerada zodiacal a constelação deve ser atravessada pela linha da eclíptica, ou seja, o sol deve cruzá-la ao longo do ano. Acontece que depois de passar por Libra e Escorpião, o sol cruza Ofiúco de 30 de novembro a 17 de dezembro, antes de entrar em Sagitário. Porém, esta passagem do sol por Ofiúco não é considerada pela astrologia.

Do modo como foi organizado o céu pela UAI, todas as treze constelações ocupam espaços diferentes ao longo da linha da eclíptica, o que significa dizer que a divisão do zodíaco em doze signos de trinta graus cada um é puramente arbitrária e segue apenas a tradição dos povos antigos. Ofiúco é uma constelação um tanto extensa, sendo conhecida também por Serpentário. Na mitologia grega, este agrupamento de estrelas estava associado a Esculápio, deus da medicina. Segundo a lenda, Esculápio passou a dedicar-se à arte da cura após ver uma serpente ressuscitar outra com algumas ervas que trazia em sua boca.

Esta é, inclusive, a origem do símbolo das ciências médicas: duas serpentes enroladas num bastão. Ainda sobre esta constelação, diz-nos o saudoso professor Amaro Seixas Netto:

“Em realidade, o Zodíaco atual tem treze constelações. Desde 1952, temos adotado esta Constelação Zodiacal em nossos estudos, criando assim o Zodíaco perfeito e exato sobre a Eclíptica. Esta descoberta decorreu duma análise profunda do curso do Sol zodiacal, e deste modo propusemos a sua notação na Faixa Zodiacal bem como criamos o seu signo, publicado na Imprensa para registro. Pode observar-se que o Sol, no Zodíaco, percorre pequena parte do Escorpião e logo entra no Ofiuco, para depois ingressar em Sagitário.” SEIXAS NETTO, A. O zodíaco. São Paulo : Editora do Escritor, p[agina 60.

Para alguns astrólogos, a polêmica a respeito da existência de um 13° signo não faz sentido, haja vista que não são as constelações lá no céu que influenciam os seres aqui na Terra e sim energias cósmicas que tomam como referência os signos tradicionais. Há também opiniões que procuram justificar que tanto a cobra (Ofiúco) como o escorpião são animais que trocam de pele, indicando uma personalidade sujeita a grandes flutuações, e que, neste caso, Ofiúco vem a ter o mesmo significado astrológico de Escorpião.

Portanto, apesar de termos 13 constelações zodiacais, com a inclusão de Ofiúco, a divisão do zodíaco em doze signos, para efeito da astrologia, segue a antiga tradição e não precisa levar em consideração as mudanças estabelecidas pela UAI, o que muitos astrônomos consideram uma imperfeição. E como a divisão do zodíaco em signos não apresenta nenhum interesse prático maior para a astronomia, o surgimento de Ofiúco como região zodiacal em nada deverá abalar as crenças e os estudos astrológicos, pois os astrólogos sabem que suas concepções não partem das constelações e sim dos signos, que são meras convenções.

Lista alfabética das constelações, em Latim e Português

* Andromeda, Andrômeda (mit.)
* Antlia, Bomba de Ar
* Apus, Ave do Paraíso
* Aquarius, Aquário
* Aquila, Águia
* Ara, Altar
* Aries, Áries (Carneiro)
* Auriga, Cocheiro
* Boötes, Pastor
* Caelum, Buril de Escultor
* Camelopardalis, Girafa
* Cancer, Câncer (Caranguejo)
* Canes Venatici, Cães de Caça
* Canis Major, Cão Maior
* Canis Minor, Cão Menor
* Capricornus, Capricórnio (Cabra)
* Carina, Quilha (do Navio)
* Cassiopeia, Cassiopéia (mit.)
* Centaurus, Centauro
* Cepheus, Cefeu ( mit.)
* Cetus, Baleia
* Chamaeleon, Camaleão
* Circinus, Compasso
* Columba, Pomba
* Coma Berenices, Cabeleira
* Corona Austrina, Coroa Austral
* Corona Borealis, Coroa Boreal
* Corvus, Corvo
* Crater, Taça
* Crux, Cruzeiro do Sul
* Cygnus, Cisne
* Delphinus, Delfim
* Dorado, Dourado (Peixe)
* Draco, Dragão
* Equuleus, Cabeça de Cavalo
* Eridanus, Eridano
* Fornax, Forno
* Gemini, Gêmeos
* Grus, Grou
* Hercules, Hércules
* Horologium, Relógio
* Hydra, Cobra Fêmea
* Hydrus, Cobra macho
* Indus, Índio
* Lacerta, Lagarto
* Leo, Leão
* Leo Minor, Leão Menor
* Lepus, Lebre
* Libra, Libra (Balança)
* Lupus, Lobo
* Lynx, Lince
* Lyra, Lira
* Mensa, Montanha da Mesa
* Microscopium, Microscópio
* Monoceros, Unicórnio
* Musca, Mosca
* Normai, Régua
* Octans, Octante
* Ophiuchus, Ofiúco (Caçador de Serpentes)
* Orion, Órion (Caçador)
* Pavo, Pavão
* Pegasus, Pégaso (Cavalo Alado)
* Perseus, Perseu (mit.)
* Phoenix, Fênix
* Pictor, Cavalete do Pintor
* Pisces, Peixes
* Piscis Austrinus, Peixe Austral
* Puppis, Popa (do Navio)
* Pyxis, Bússola
* Reticulum, Retículo
* Sagitta, Flecha
* Sagittarius, Sagitário
* Scorpius, Escorpião
* Sculptor, Escultor
* Scutum, Escudo
* Serpens, Serpente
* Sextans, Sextante
* Taurus, Touro
* Telescopium, Telescópio
* Triangulum, Triângulo
* Triangulum Australe, Triângulo Austral
* Tucana, Tucano
* Ursa Major, Ursa maior
* Ursa Minor, Ursa Menor
* Vela, Vela (do Navio)
* Virgo, Virgem
* Volans, Peixe Voador
* Vulpecula, Raposa

Fonte: Wikipedia , Brasil Escola , Cola da Web , DiálogosPoliticos.Wordpress

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